mondelingegeskiedenis.blogspot.com

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SEM AÇÚCAR


Por: Alexandre Mendes

O sábio que soube demais
geme e chora
tentando voltar atrás
descobrindo que a verdade aprisiona;
conceito unilateral imposto que
exclui outras verdades e
há muitos, impressiona

O sábio clama pelo não saber
e busca
motivos suficientes para crer
naquilo que, pela guela,
outros sábios tentam lhe meter

O sábio murmura e lamenta,
pois sabe o fim das novelas,
dos autores e suas estratégias,
mocinhos que matam bandidos,
pra, no fim, comerem as donzelas

O sábio, muitas dores sente
por saber exatamente
que a verdade do mundo mente
e a mentira se materializa,
verdadeiramente, e luta
contra a margem reservada a ele,
dentro da sua verdade
que os outros sábios chamam de nada

3 comentários:

  1. Esboçou o painel completo da sabedoria.
    "O sábio clama pelo não saber
    e busca
    motivos suficientes para crer".
    É aquela essência grega na busca de se melhorar pelas sensações e sentidos. Uma noção filosófica contrária do que Platão nos pregou e seguimos sem muita escolha como marionetes. Quero a volta do canto dos ditirambos, o carpe diem e o sentir valer mais que a racionalidade exagerada. O amor prevalecendo nas relações humanas.

    ResponderExcluir
  2. ''O sábio, muitas dores sente
    por saber exatamente
    que a verdade do mundo mente''

    vou mandar emoldurar estas palavras!

    ResponderExcluir
  3. Seus poemas estão muito bons, amigo. São críticos, sem serem explícitos demais, deixando o sentido aberto a interpretações distintas. Isso é poesia!

    (www.expressaoliberta.blogspot.com)

    ResponderExcluir

Deixe aqui o seu comentário