mondelingegeskiedenis.blogspot.com

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tranca

Reclamação e indignação
A multidão bradava em prantos
por justiça e liberdade
Por aqui, em todos os cantos,
clamavam os páreas da cidade,
De repente, na madrugada
ouviu-se um forte estrondo
que vinha da parte mais elevada
estampido estampado pelo vão
da telha cinza-claro adentro
deitados no colchão
sem expor o seu lamento
Boca fechada, nem mais uma palavra.

Alexandre Mendes

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

F

Medo do mundo e de todas as estranhas entranhas
apavoram, desafiam...
Universo oculto, seria deselegante
Se eu procurasse você?
Ele tem a lei
Ele tem a lei?
Será que tem?
Ah! Deve ter, sabe-se lá o quê.
Ele tem toda confiança da Pólis
E anda mascarado, ao meio dia
para mim...para você!
As verdades que dizem na freguesia
um dia, foram verdades absolutas
Parasitas em pensamento apático
o tempo todo, de geração a geração
Pode até ser que alguém me diga
que o bom velhinho, guarda a lei
abraçando a parasita
Vi tudo
Fechei os olhos
e, de todo coração
construí o meu belo mundo...

sábado, 3 de dezembro de 2011

DETALHES

Hoje, sentimos falta de um tempo em que vivemos muito pouco: A década de 70. Fuscas, Brasílias, Kombis e Pumas tomavam conta das poucas ruas e estradas asfaltadas do Brasil. As pessoas costumavam usar penteados que deixavam seus cabelos enormes. Os negros usavam a moda Black Power. Os jovens de classe média abandonavam o conforto de seus lares para viver uma aventura, com seus cabelos compridos, pegando carona, dormindo em barracas e usando muita droga...eram os hippies.
A década de 70 foi um período conturbado, com o processo "lento e gradual", relativo ao fim da ditadura, no governo Geisel. Enquanto ainda jovens politizados desapareciam, cantores, como Erasmo e Roberto Carlos faziam sucesso, com as suas baladas românticas.
Não pretendo entrar a fundo, com esta publicação, em questões políticas da época. Quero falar do mito romântico da década de 70...


Sentimos falta daqueles quinze minutos de música lenta, no final da década de 80, herança de décadas passadas. Sentimos falta do amor propagado nas músicas.
E como funcionava a dança da musica lenta? Para aqueles que não tiveram a oportunidade, eu explicarei:
O DJ parava o rock'n Roll e anunciava a música lenta....que delícia! Os meninos escolhiam o seu par ou, então, fazia-se um sorteio de quem iria dançar juntinho.
E aí começava: Loving you is easy 'cause you're beautiful ... Metia um vinil da Minnie Riperton, na vitrola. Putz! Tu agarrava o seu par e o contato físico era estarrecedor. Só não podia pisar no pé do parceiro!


Por: Alexandre Mendes 
       Paula Patrícia  

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Uma vida (quase) sem vida


Tá lá, um corpo estendido no chão

O nome dele é Robert, um dos treze filhotes que a minha falecida cachorra, Fufa, trouxera ao mundo. 
A esta altura, enquanto os amigos desvendam a desgraça que descrevo no meu quintal, Robert já se encontra em uma sacola na lixeira principal ou, então, é apenas comida de Urubu no Lixão do Morro do Céu...

Uma vez, um homem afirmara
que a natureza tinha a sua própria
forma de escolher quem sobrava
enquanto a maioria sucumbe
um agradece
e segue a proliferação...
De treze, restaram apenas quatro
Que brevemente tornar-se-ão três
dois
um!
Que a partir de uma nova fusão
com um outro escolhido
povoarão o meu quintal
fedorento, desgastado e encardido
e novamente tornarão a decrescer
diante dos meus olhos enrugados
e conformados com a morte
( Boa Sorte!)
Pobre Robert, ainda respira
e geme na minha porta
enquanto a minha coluna torta
se inclina, frente ao computador
dedos ágeis eternizam a desgraça
e culpam as lombrigas devassas
que fazem o pobre cãozinho
despedir-se dos seus irmãos
(Adeus, breve nos veremos!)


Wilza Carla, a provável eleita pelo Deus Darwin.

  

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A perfeição dos bebês


" Como você era perfeito quando era um bebezinho. Os bebês não têm de fazer nada para se tornarem perfeitos, eles já são perfeitos e agem como se soubessem disso. Sabem que são o centro do Universo. Não têm medo de pedir o que querem e expressam livremente suas emoções. Qualquer um sabe quando um bebê está bravo, aliás, toda a vizinhança sabe. Também se sabe quando eles estão felizes, pois seus sorrisos são capazes de iluminar um quarteirão inteiro. Os bebês são cheios de amor. 
Crianças muito pequeninas morrem se não recebem amor. A medida que vamos ficando mais velhos, aprendemos a viver sem amor, mas os bebês não suportam isso. Os pequeninos também adoram cada parte de seu corpo, amam até as suas próprias fezes. Eles têm uma coragem incrível. 
Você era assim. Nós éramos todos assim. Então começamos a ouvir os adultos a nossa volta que haviam aprendido a ser medrosos e passamos a negar nossa própria magnificência."

HAY, Louise L. You Can Heal Your Life. Ed. Best Seller, 1984. p. 38-39   

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ADEUS à conta de telefone // REPASSE SEM DÓ!



 SE CADA UM FIZER UMA LIGAÇÃO E REPASSAR PARA, PELO MENOS, MAIS CINCO PESSOAS, E ESTAS AGIREM DA MESMA FORMA, CONSEGUIREMOS, EM CURTO ESPAÇO DE TEMPO, UM NÚMERO QUE SERÁ RESPEITADO PELOS CONGRESSISTAS...!!!
A QUESTÃO NÃO É SÓ PASSAR ADIANTE, MAS  LIGAR
PARA O NÚMERO INDICADO .
 
 
É BEM SIMPLES E RÁPIDO, EU LIGUEI E VOTEI A FAVOR DO CANCELAMENTO

CANCELAMENTO DA TAXA TELEFÔNICA de: R$ 40,37 (residencial) e R$ 56,08 (comercial) 
Quando se trata do interesse da população, nada é divulgado. 
Ligue 
0800-619619 . Quando a secretária eletrônica atender, então digite:  1 (um) , depois novamente 1 (um) , e por fim 1 (um) novamente . Assim você votou a favor do cancelamento da taxa de telefone fixo. 

O  Projeto de Lei é o de n.º 5476 , do ano de 2001. 

Esse tipo de assunto NÃO é veiculado na TV ou no rádio, porque eles não têm interesse e não estão preocupados com isso. 
Então nós é que temos de correr atrás, afinal quem paga somos nós! 

O telefone a ser discado (0800-619619, de segunda à sexta-feira das 08 às 20h) é da Câmara dos Deputados Federal. 

Passe para frente esta mensagem para o maior número possível.  

LIGUE: 0800-619619 . Vamos divulgar!!!  

Se aprovado o projeto, passará a ser lei e, a partir de então, cada um só pagará pelas ligações efetuadas, acabando com esse roubo que é a assinatura mensal. 
Este projeto está tramitando na 'COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR', na Câmara. 

Quanto mais ligar, maior a chance de ser aprovado. 

NÓS BRASILEIROS AGRADECEMOS! 

Não adianta a gente ficar só reclamandoÉ preciso que cada um contribua para que possamos conseguir aprovar o que nos interessa. 

Quando podemos, temos que tomar alguma atitude contra os ladrões que surrupiam nossas pequenas economias... 

Envie uma cópia oculta para TODOS OS SEUS CONTATOS!







quinta-feira, 17 de novembro de 2011

saudade


do quê?
Já passou
acabou...se foi
e se algum dia foi
já era
não me lembro mais
da cara dele
da face dela

joguem flores
declamem poesias
tornem belo
o rito de passagem

NÃO! O medo se foi
e se algum dia chegou a ser
já era
já nem me lembro mais

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O crime está vencendo?



  O perdedor é o figurante que se encontra no cenário, no momento errado, na hora errada e cai sem fingir.
 
  O perdedor é o vilão da trama que pensa que é alguém, só porque tem uma Taurus cromada nas mãos e a princesinha mais bonita do pedaço. Ele está sempre no cenário e um dia cai sem fingir.
 
  O perdedor é o mocinho com colete a prova de balas e armamento pesado importado de Israel, que ganha uma micharia para adentrar o cenário e cair sem fingimento.
 
  Os vencedores? Não os conheço...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Jesuira

Opa! São eles!
Abaixa aí!
Não se mexe!
coração batendo a mil
já vi aquele carro
sinistro
vou meter o pé
até

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A palavra fim é o que move os seres dotados de inteligência, desde os primórdios.Assim que o primeiro hominídeo caiu morto ou foi devorado, os seres que assistiram o espetáculo, se conscientizaram que havia um fim para as suas vidas. Tal fato desesperador fez com que o homem começasse a crer no invisível e em várias formas de além para a vida.
A busca incessante pelo poder, custe o que custar, em detrimento de milhares é um dos objetivos inconscientemente construídos, para fazer valer a vida enquanto ela é vivida.
   Outras sociedades que sucubiram ao objetivo acima descrito, e que não descambaram para a usurpação do ser humano, foram as indígenas. Excetuando a escravização de alguns índios de tribos inimigas, a organização social do índio era muito mais amena.
Os índios plantavam, caçavam, pescavam, preparavam utensílios domésticos, traziam o alimento para a aldeia, faziam a refeição e descansavam o resto do dia.
   Entretanto, eles também tinham medo do fim e criaram deuses e curandeiros.
  Os Astecas, por exemplo, sacrificavam diversas pessoas, todos os dias, com medo de que o sol nunca mais nascesse...
Não. Eu acho que ainda não é o ...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Poema para Alexandre Mendes.




O sol dos últimos dias
tem animado.
Ele chegou em boa hora.
Vamos ver se a gente faz um programa.
Algo bem diferente.
Diria mesmo,
agressivo.
Ele me espanca com seus raios,
eu entro com poesias.

Cecília Fidelli.



http://ceciliafidelli.blogspot.com/
http://cimaneski-poeta.blogspot.com/

domingo, 23 de outubro de 2011

Dias Cinzas


Abri um olho
o outro faço questão de manter fechado
quero ver a realidade, 
com um pé no mundo da ilusão...


bolas rosadas descem pela garganta,
facilitando a caminhada pelo bosque 
que a minha imaginação construiu
longe da malandragem, bem distante da morte


menos um menino, menos um rapaz,
mal começou a ser adulto
com a boca na terra
por detrás do arbusto


Parem essa bola maldita!
Não quero mais sentir ela rodando...
Belos sorrisos, rostos alegres
crianças felizes, dos seriados de TV
Eu quero esse mundo....
Eu quero esse mundo....
Não é pedir demais


Vou dobrar a dosagem,
Para ver se eu chego lá....


Por: Não importa quem....mais um....somente mais um...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Bar da esquina



- Waldir Peres! Não era esse, o nome do goleiro da Copa de 82?
- Sei lá, porra! Eu não sou tão velho assim. Eu nasci em 90.
- Hahaha! Com essa cara de bulldog!
- Cara de bulldog? Eu, com cara de bulldog? A sua mãe não acha isso!

-Como é que é?

-NÃO! NÃO! PERAÍ!

- MORRE!

FIM       // Alexandre Mendes

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

 

Lançamento de Livro de História na Maré, Rio de Janeiro

O historiador Alexandre Samis lançará seu livro Negras Tormentasno CEASM (Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré).

A obra trata da Comuna de Paris, grande feito dos trabalhadores, e que demonstra que o povo não precisa de líderes, messias ou intelectuais para lhe ditar o caminho a seguir.


O lançamento será na quarta-feira 19 de outubro de 2011, às 19h, no CEASM. O endereço é Praça dos Caetés nº 7, Maré, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Para chegar de ônibus é só descer na passarela 8 da Av. Brasil. Entrada franca.

sábado, 15 de outubro de 2011


Repassando!!!


O economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), classificou ontem à noite em Curitiba como “heróis” os brasileiros de famílias pobres capazes de conciliar o trabalho com o estudo. 

“No Brasil, dificilmente um filho de rico começa a trabalhar antes de terminar a graduação ou, em alguns casos, até mesmo a pós-graduação”, observou Pochmann. 

“Os brasileiros pobres que estudam e trabalham são verdadeiros heróis. Submetem-se a uma jornada de até 16 horas diárias, oito de trabalho, quatro de estudo e outras quatro de deslocamento. Isso é mais do que os operários no século XIX.” 

O presidente do Ipea foi um dos palestrantes na abertura da terceira edição do Seminário Sociologia & Política, ao lado da professora Celi Scalon (UFRJ), no Teatro da Reitoria da UFPR. “Repensando Desigualdades em Novos Contextos” é o tema geral do seminário. Promovido pelos programas de pós-graduação em Sociologia e em Ciência Política da instituição, o evento termina nesta quarta-feira (28). 

Pochmann lembrou que o Brasil levou cem anos, desde a proclamação da República, em 1889, para universalizar o acesso das crianças e adolescentes ao ensino fundamental. “Mas esse acesso foi condicionado ao não crescimento dos recursos da educação, que permaneceram em torno de 4,1% ou 4,3% do PIB. Sem ampliar os recursos, aumentamos as vagas com a queda da qualidade do ensino.” 

Essa universalização do ensino fundamental, no entanto, não significa que 100% dos brasileiros em idade escolar estejam estudando. Segundo dados apresentados pelo dirigente do Ipea, ainda existem 400 mil brasileiros com até 14 anos fora da escola. Se essa faixa etária for estendida para 16 anos, a cifra salta para 3,8 milhões de pessoas. 

“A cada dez brasileiros, um é analfabeto. E ainda temos cerca de 45% analfabetos funcionais. É muito difícil fazer valer a democracia com esse cenário.” 

Em sua fala, Marcio Pochmann também abordou temas como a redução da taxa de fecundidade das mulheres brasileiras, o crescimento da população idosa, o monopólio das corporações privadas transnacionais e a concentração da propriedade da terra. 

“O Brasil não fez uma reforma agrária, não democratizou o acesso à terra. Temos uma estrutura fundiária mais concentrada do que em 1920, com o agravante de que parte dela está nas mãos de estrangeiros”, afirmou o economista. “De um lado, 40 mil proprietários rurais são donos de 50% da terra agriculturável do país, e elegem de 100 a 120 deputados federais. De outro, 14 milhões trabalhadores rurais, os agricultores familiares, elegem apenas de seis a dez deputados.” 

Para Marcio Pochmann, a desigualdade é um produto do subdesenvolvimento. “Não que os países desenvolvidos não tenham desigualdade, mas não de forma tão escandalosa.” 

Nem revolucionário, nem reformista 

Segundo o presidente do Ipea, a participação dos 10% mais ricos no estoque da riqueza brasileira não mudou nos últimos três séculos. Permanece estacionada na faixa percentual em torno de 70 a 75%. 

“Somos um país de cultura autoritária, com 500 anos de história e menos de 50 anos de vivência democrática. O Brasil não é um país reformista e muito menos revolucionário”, sentencia Pochmann. “A baixa tradição de uma cultura partidária capaz de construir convergências nacionais nos subordina a interesses outros que não os da maioria da população.” 

Marcio Pochmann afirmou que os ricos não pagam impostos no Brasil. “Quem tem carro, paga IPVA. Quem tem lancha, avião ou helicóptero, não paga nada. E o ITR [Imposto Territorial Rural] é só pra inglês ver”, exemplificou. “Quem paga imposto no Brasil são basicamente os pobres.” 

Um estudo do Ipea teria demonstrado que os moradores de favelas pagam proporcionalmente mais IPTU do que os brasileiros que vivem em mansões. “Quem menos paga é quem mais reclama de imposto. Tanto que impostômetro foi feito no centro rico de São Paulo.” 

Pochmann observa que o tema das desigualdes não gera manifestações, não gera tensão. “Não há greve em relação às desigualdades.” 

Trabalho imaterial 

Na avaliação de Márcio Pochmann, a sociedade mundial está cada vez mais assentada no que ele chama de “trabalho imaterial”, associado a novas tecnologias de informação, como aparelhos celulares e microcomputadores. “O trabalhador está cada vez mais levando trabalho pra casa.” 

Essa sociedade do trabalho imaterial, conforme o dirigente do Ipea, pressupõe uma sociedade que tenha como principal ativo o conhecimento. “Pressupõe o estudo durante a vida toda, e o ensino superior apenas como piso.” 

Pochmann criticou ainda a forma como a comunidade acadêmica tem tratado o tema das desigualdades no país. “O tema tem sido apresentado de forma muito descritiva e pouco de enfrentamento real e efetivo. Em que medida a discussão está ligada a intervenções efetivas, a políticas que possam de fato alterar a realidade como a conhecemos?” 

Na avaliação dele, a fragmentação e a especialização das ciências sociais aprofundariam o quadro de alienação sobre o problema das desigualdades. 

“As pesquisas não mudam a realidade. Quem muda a realidade é o homem. Agora, as pesquisas, as teorias mudam o homem. Se mudarem o homem, ele muda a realidade. Nada nos impede de fazer isso, a não ser o medo, o medo de ousar.”
 
Candeia já dizia: "um povo sem passado é um povo sem futuro"
 
Saudações balaias,
Denison
 
Estudante de Engenharia
Construindo a ANEL/CSP-Conlutas 
 
Enviado por: Patricia Alves Coutinho

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

COTIDIANO

Por: Alexandre Mendes


Meu nome é Abu Shadili Fayad. Passei o tempo todo meditando, durante esse dia. Precisava estar espiritualmente pronto para as batalhas pela conquista de Al Andaluz.
 Eu fui um Marabout. Estudava o Santo Alcorão e ensinava a palavra de justiça aos meus irmãos em Alah. 
Era chegada a hora de mostrar a minha devoção...
Servi nas Ribats, ao longo da expansiva fronteira muçulmana, em direção a Península Ibérica. Liquidei muitos infiéis, durante o percurso pelo Estreito de Gibraltar. 
Participei, junto ao General Tarique, da Batalha de Guadalete, em 711 d.c.
Tombei naquele solo,sem ver o final da luta, mas feliz por ter cumprido a minha missão divina.






sábado, 8 de outubro de 2011

Verdacreto



A memória pensada e repensada

Leva a filosofia universal, diversificada e abstrata.

O instinto é animal por manhãs e madrugadas

Correndo o risco de cair pela estrada

E ninguém lhe oferecer ajuda

Transformação, transmutação

Mudar o pensamento repensado da memória.

Por: Alexandre Mendes

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

COTIDIANO

Por: Alexandre Mendes



Isto não é uma foto. Isto é a ilustração de como eu me sinto agora, após descobrir que só tenho seis meses de vida...
Enquanto a doença toma conta do meu corpo, tento ser melhor com as pessoas que me cercam.
Nunca liguei para os ensinamentos cristãos, mas agora sinto a necessidade de praticá-los.
Estou com medo de atravessar a fronteira entre o real e o desconhecido e descobrir que Deus existe. Pior ainda: E se ele me achar um grande pecador e me condenar ao inferno?
Estou passando todos os meus bens para o nome dos meus filhos...
Trato todo mundo bem...
Evito os aborrecimentos...
Tenho muito medo do que vou descobrir...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Divulgação de Evento: As Comunas na História: de Paris a Kronstadt - 27/10/2011 na UNIRIO‏

Escola de História e Programa de Pós-Graduação em História
Mestrado em Educação e Departamento de Fundamentos da Educação

  
                     
   A comuna na história : De Paris a Kronstadt               

                                                     
                                     27 de outubro - 18:00 horas

   
 Conferencistas:

Alexandre Samis (Pedro II)
Marly Vianna (Universo)
Massimo Sciarretta (Unirio)

17:30 – Projeção de Louise Michel y la Comuna de Paris (TV Arcoiris)
21:00 Lançamento do livro de Alexandre Samis, Negras Tormentas.

Auditório Paulo Freire CCH-UNIRIO
Av. Pasteur, 458 Urca

Enviado por Patricia Alves Coutinho 

Negras Tormentas.

domingo, 2 de outubro de 2011

COTIDIANO

Por: Alexandre Mendes


   Um maldito repórter tirou essa foto! Vai se fuder! Desgraçado!
  Meu nome é não sei o quê, Junior. Não me lembro. Já faz muito tempo que eu não escuto. Aqui, na Cracolândia, me chamam de Júnior. Só sei que o meu nome é o mesmo do meu pai, que morreu metendo um banco.
Tenho poucas lembranças de minha mãe e irmãos. Era eu, mais oito e uma fome desgraçada.
Foi aí que desci as escadas do Turano e caí na pista.



   Vou pra Copacabana, meto um gringo, pego o 484, desço em Manguinhos e me acabo. Todo dia, é a mesma coisa.
  
    Faço onze anos, semana que vem...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

COTIDIANO

Hahahahaha! Foi bom pra valer, este dia!  Juntamos os violões, eu, Meia-Noite, Sete-Coroas e Miguelzinho. Tocamos seresta em uma mesa do Capela, até as duas da manhã. Nesta época, dividíamos as ruas da Lapa, com as nossas meninas vendendo prazer.
Aos sábados, fazíamos roda de capoeira na Praça XI, atentos quanto a possível chegada dos tiras.
Aos domingos, faziamos valer o apelido de "Capadócio" no terreiro de Mãe Joaquina, na Saúde.


Bons tempos de malandragem!


Por: Alexandre Mendes


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

HORAMACABRA

ENTREVISTA E SOM EXTREMO 



Mais um final de semana e o HORAMACABRA está chegando na área para alegria dos que
 
gostam da verdadeira cultura underground. Muito som, entrevistas e sorteios para quem
 
participar.
 
Sexta 00:00h - Sábado
 
22:00 - Rádio Oceânica - 105,9 FM - www.oceanicafm.radio.br - Tel: (21) 2609-4668


CONTATOS
CX POSTAL: 100050, Niterói, RJ, CEP: 24020-971 - Brasil
 
ENTREVISTA COM ALEXANDRE MENDES, DIA 13/08/11:
http://www.4shared.com/audio/mOHlQTKp/hora_macabra_13-08-11.html

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

COTIDIANO

Por: Alexandre Mendes


     
  Essa foto foi tirada, logo depois que um furacão destruiu a minha vida. Seu nome: Jandira.
  Ela havia me pedido para morar na minha casa. Eu deixei.
  No começo, ela lavava a minha roupa e cozinhava para mim. Eu estava apaixonado...
  Algum tempo depois, Jandira começou a relaxar com os afazeres doméstcos. Eu chegava em casa, cansado do trabalho, e não a encontrava.
  Um dia, cheguei mais cedo em casa e me deparei com Jandira e um sujeito, deitados na cama nova que eu ainda estava pagando.
   Depois disso, peguei as minhas tralhas e sai pelo mundo, pedindo esmola e vagando só.
  Hoje em dia, eu quero que Jandira e todo o resto se fodam!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Boa Noite

Por: Alexandre Mendes 

(Para Wilian)



No ápice da madrugada,
 esparramou-se, defronte a estrada
virou os olhos para os lados
deus adeus, fitando o nada
 É, vizinho...
Quatro é o número do azar
deixou sua amada em prantos 
olhando você descer no abismo
e três lindas menininhas pra criar...



domingo, 18 de setembro de 2011

CÁLICE



São coisas assim, que causam indignação. Soube dos fatos e fiquei chocado.

Um rapaz de dezoito anos foi preso injustamente, na comunidade onde mora. 

O jovem descansava durante a hora de almoço, pois fazia um biscate de servente, na obra de uma casa. Saiu em direção a uma barraca, a fim de trocar cinquenta reais e acabou sendo abordado violentamente pela polícia. Acusaram-no de envolvimento e o levaram preso, juntamente com os bandidos.

A comunidade se revoltou com o fato e promoveu um protesto, na via principal da favela. No entanto, nada conseguiram.

Na delegacia, os próprios bandidos inocentaram o rapaz, alegando que ele não tinha envolvimento algum no crime local. Mesmo assim ficou preso por um mês.

Saiu da cadeia e foi recebido com fogos, pelos moradores.

Mas a sua ficha criminal continua suja. A família têm medo de entrar com uma ação na justiça e enrolar os policiais no processo.

Nesse caso, a vida parece não valer quase nada...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

COTIDIANO



Por: Alexandre Mendes



Eu sou o rapaz de chapéu preto, no canto esquerdo da página. Me lembro bem, quando tio Giacomo bateu essa fotografia. Foi durante a viagem para o Porto de Santos, no cargueiro Constanza.  
Ao chegarmos no porto, Fomos colocados em charretes e levados para trabalhar em uma fazenda, como forma de pagamento pela viagem.
Consegui comprar um pequeno lote de terra e tive a sorte de poder ver, nos meus últimos dias, meus netos brincando no meio da plantação.



quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Debate no CELIP


Círculo de Estudos Libertários Ideal Peres - CELIP

A companheira Juliana Lira irá propor uma conversa sobre o tema:

"Concepções de liberdade: um breve diálogo entre Rousseau e Bakunin".
Dia 17 de setembro, sábado, 14h.
Biblioteca Social Fábio Luz.
Rua Torres Homem, 790, 2o andar. Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ.

Segue o cartaz da atividade em anexo!
Enviado por Winter Bastos

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

COTIDIANO

O golpe de tacape deu fim a primeira parte do ritual.



Picotamos o corpo e o assamos na lenha, com temperos e ervas aromáticas, como manda o ritual sagrado...
Entoamos o canto que nos interligava ao Todo supremo.
O poder...Eu tenho o poder...Sinto a sabedoria do guerreiro oferecido como expiação!

Acúmulo de coisas, destruir, destruir, destruir... brancos...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

ANTES E DEPOIS


Por: Alexandre Mendes


Antes:

Morador passando com o carrinho de mão pela viela "lá vai um", perde o equilíbrio e entorna um pouco de areia no pé do bandido que está sentado no caminho.
- Ô mané! Se liga! Você quer levar uma caroçada? Quer morrer?

Depois:

Morador passando com o carrinho de mão pela mesma viela "lá vai um", perde o equilíbrio e entorna um pouco de areia na bota do soldado do exército que está de guarda no caminho.
- Ô mané! Se liga! Você quer levar um pipoco? Eu, hein...

Antes:

Família indo visitar morador na comunidade é detida pelos bandidos:
- Quem vocês vão visitar? Levanta a blusa! Abre a mochila!

Depois:

Família indo visitar morador na comunidade é detida pelos soldados:
- Quem vocês vão visitar? Levanta a blusa! Abre a mochila!

 Moral: Mudam os opressores, mas o tratamento é o mesmo!

Para entender melhor como é a vida dentro de uma favela:

ZALUAR, A. "Condomínio do diabo: as classes populares urbanas e a lógica do ferro e do fumo", Simpósio, IFCH, UNICAMP, mimeo, (1982). In: Pinheiro, P.S. (org.) Crime, violência e poder. Brasiliense, São Paulo, 1983.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

REFLEX




Ninguém sabe ao certo

A origem da certeza

Do errado e do correto

Pois, tentando ser honesto,

O certo é descarado

Criação do concreto,

transforma o ser mandado

em desenho animado

 personagem objeto

Alexandre Mendes