Tá lá, um corpo estendido no chão
O nome dele é Robert, um dos treze filhotes que a minha falecida cachorra, Fufa, trouxera ao mundo.
A esta altura, enquanto os amigos desvendam a desgraça que descrevo no meu quintal, Robert já se encontra em uma sacola na lixeira principal ou, então, é apenas comida de Urubu no Lixão do Morro do Céu...
Uma vez, um homem afirmara
que a natureza tinha a sua própria
forma de escolher quem sobrava
enquanto a maioria sucumbe
um agradece
e segue a proliferação...
De treze, restaram apenas quatro
Que brevemente tornar-se-ão três
dois
um!
Que a partir de uma nova fusão
com um outro escolhido
povoarão o meu quintal
fedorento, desgastado e encardido
e novamente tornarão a decrescer
diante dos meus olhos enrugados
e conformados com a morte
( Boa Sorte!)
Pobre Robert, ainda respira
e geme na minha porta
enquanto a minha coluna torta
se inclina, frente ao computador
dedos ágeis eternizam a desgraça
e culpam as lombrigas devassas
que fazem o pobre cãozinho
despedir-se dos seus irmãos
(Adeus, breve nos veremos!)
Wilza Carla, a provável eleita pelo Deus Darwin.
Foda ver alguém partir. Até hoje vejo meu cão quando olho no terreiro. Tarde da noite então quando chego em casa...
ResponderExcluirMeu quintal é povoado por fêmeas...
ResponderExcluirQuando bate o cio
Cães vagabundos invadem a área
jogam leite (que deleite!)
e debandam
Só me resta a tristeza...
Muito triste e um pouco contraditório pra mim.
ResponderExcluirFicar nos teclados e não socorrê-lo?
Espero ter entendido mal.
De qualquer modo, um trabalho literário
relevante, faz pensar em todos os tipos
e sentidos da vida...