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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Liberalismo econômico

Por: Alexandre Mendes

  
Criadores do ideário liberal: John Locke (1632-1704), David Ricardo (1772-1823) e Adam Smith (1723-1790)

 A idéia de que "todos somos iguais, perante a lei" é pregada em todos os países adeptos ao sistema liberal, no século XIX.
Entretanto, o "todos iguais" só ocorria na forma jurídica, pois aquele que já tinha capital acumulado, investia livremente e enriquecia, prevalecendo sua influência nas esferas do poder e, consequentemente, suplantando os mais pobres.
 Durante o período feudal, o direito consuetudinário garantia que se houvesse alguém passando fome, na entrada de alguma propriedade, o senhor era obrigado a deixar o esfomeado entrar em sua propriedade, para que pudesse se alimentar nos seus bosques. A implantação do pensamento de Locke na política inglesa, dizendo que todo aquele que invadisse uma propriedade para saciar a fome deveria sofrer a pena de morte, acabou fortalecendo o individualismo
Podemos perceber o reflexo desse pensamento, nos dias de hoje, quando temos a capacidade de ignorar a miséria perambulando pelas ruas.
    
              A propriedade privada e a divisão social do trabalho são as bases do capitalismo. 

Conceitos:

   Movimento - Visava dar conta das demandas da burguesia pelo livre mercado.

Contra- movimento - Busca explicar e materializar a reação da sociedade, contrária as leis abusivas do mercado.
 O movimento só foi possível com a deliberada ajuda do Estado, por meio de subvenções e protecionismo estatal. Assim, o Laissez-Faire deve ser entendido como uma utopia.
 Por outro lado, o contra- movimento teve como fito a proteção da sociedade por meio de políticas sociais-democratas, baseadas no forte planejamento estatal. Com efeito, criaram leis protetoras dos assalariados, leis estatais e preços subvencionados pelo Estado. O contra-movimento é caracterizado pela política social - democrata. Sua teoria política diferencia-se das teorias marxistas e anarquistas, as quais vêem o Estado atendendo, prioritariamente, os interesses das classes dominantes.

Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, o aperfeiçoamento do maquinário industrial não diminuiu a jornada de trabalho, pelo contrário, aumentou a carga horária. EUA e Inglaterra, os países mais ricos da época, abandonaram os pilares do liberalismo econômico (Laissez-Faire), forçando os demais países a fazer o mesmo.

                O movimento do mercado foi impulsionado pelo Estado.
                O contra- movimento foi uma reação espontânea da sociedade.

Texto de apoio- K. Polanyi. O nascimento do credo liberal. (2000) Cap.12 

Um comentário:

  1. É uma pena que conversamos pessoalmente só uma vez! É um escritor e tanto!!! uma alma livre das amarras do puritanismo e um cara que vê claramente diversos pontos sem preconceitos ou preso em ideologias. Você vê " com olhos livres".

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