Por: Alexandre Mendes
A rocha que bate em meu peito
foi lapidada por um sujeito
que um dia eu chamei de pai
brincou comigo, me levou pra passear
e se esqueceu de tudo isso
no meu primeiro barbear
nunca mais foi o mesmo
eu, de pé na estrada
e ele, de carrão
quase um filho bastardo
em pé no semáforo,
mariolas na mão
-Não sobrou nada,
caro estranho, nada,
nada pra você
vai virar concreto em obra
não reconheço o teu cheiro
tenho mais o que fazer!
Na minha rocha
não há mais espaço
nenhuma brecha
pra aquele que me gerou.
A rocha que bate em meu peito
foi lapidada por um sujeito
que um dia eu chamei de pai
brincou comigo, me levou pra passear
e se esqueceu de tudo isso
no meu primeiro barbear
nunca mais foi o mesmo
eu, de pé na estrada
e ele, de carrão
quase um filho bastardo
em pé no semáforo,
mariolas na mão
-Não sobrou nada,
caro estranho, nada,
nada pra você
vai virar concreto em obra
não reconheço o teu cheiro
tenho mais o que fazer!
Na minha rocha
não há mais espaço
nenhuma brecha
pra aquele que me gerou.
E na minha rocha também não há espaço e nenhuma brecha pra aquele que me gerou. Ele é o abismo e eu sou seu filho.
ResponderExcluir