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sábado, 3 de dezembro de 2011

DETALHES

Hoje, sentimos falta de um tempo em que vivemos muito pouco: A década de 70. Fuscas, Brasílias, Kombis e Pumas tomavam conta das poucas ruas e estradas asfaltadas do Brasil. As pessoas costumavam usar penteados que deixavam seus cabelos enormes. Os negros usavam a moda Black Power. Os jovens de classe média abandonavam o conforto de seus lares para viver uma aventura, com seus cabelos compridos, pegando carona, dormindo em barracas e usando muita droga...eram os hippies.
A década de 70 foi um período conturbado, com o processo "lento e gradual", relativo ao fim da ditadura, no governo Geisel. Enquanto ainda jovens politizados desapareciam, cantores, como Erasmo e Roberto Carlos faziam sucesso, com as suas baladas românticas.
Não pretendo entrar a fundo, com esta publicação, em questões políticas da época. Quero falar do mito romântico da década de 70...


Sentimos falta daqueles quinze minutos de música lenta, no final da década de 80, herança de décadas passadas. Sentimos falta do amor propagado nas músicas.
E como funcionava a dança da musica lenta? Para aqueles que não tiveram a oportunidade, eu explicarei:
O DJ parava o rock'n Roll e anunciava a música lenta....que delícia! Os meninos escolhiam o seu par ou, então, fazia-se um sorteio de quem iria dançar juntinho.
E aí começava: Loving you is easy 'cause you're beautiful ... Metia um vinil da Minnie Riperton, na vitrola. Putz! Tu agarrava o seu par e o contato físico era estarrecedor. Só não podia pisar no pé do parceiro!


Por: Alexandre Mendes 
       Paula Patrícia  

5 comentários:

  1. Ai ai... momentos bons hein...até meados dos anos 90 ainda era assim. Eu tinha uns 15 anos quando começei a ir num Dance Club chamado Toco aqui em sampa.
    As musicas lentas ainda tinham espaço.
    Hoje em dia foi substituída pelo esfrega-esfrega do maldito funk. Lamentável.

    Bjokas meu querido!

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  2. Viví intensamente esse período, apesar de todas as repressões dos pais e da sociedade. Só não experimentei drogas. Mas, dancei, namorei, romanticamente, ia de carona pra praia... Coca cola, cuba libre... Acreditava nas pessoas que tinham ideais e personalidade. Tudo muito frenético e ao mesmo tempo bem dosado. A turma, os bailinhos. Tudo brilha ainda em minha mente. Posso resumir em duas palavras: Doce saudade.

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  3. Paula e Alexandre, o texto de vocês ficou bom mesmo. Por um momento parece ter me transportado para aquela época: coisa gostosa de sentir.

    (www.expressaoliberta.blogspot.com)

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  4. Esta época foi de um terror imenso na minha família, com gente sendo morta pela ditadura e dada como desaparecida até hoje, mas tinha suas belezas POP.

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