Auau-miau-piu-piu
vai pra puta que o pariu
mehehehe- cococó- muuuuuu
vai tomar no seu cu
Grrrrrrr-Roooooaaaaar
Me erra! Vai cagar!
Não sei o que eles dizem
quando olham para mim
talvez queiram expressar
o que sentem, enfim
O reino é animal
Homens por cima
Animais por baixo
Mas não tentem provocá-los
dentro de seu próprio espaço
mondelingegeskiedenis.blogspot.com
sábado, 8 de agosto de 2015
domingo, 22 de março de 2015
Meia Hora
Seu Olegário tinha o trabalho de vigiar casas bonitas de gente rica, durante o turno noturno. Apesar das rugas, dos cabelos grisalhos, da hérnia de disco e da aposentadoria, ele tinha dois sonhos: uma churrasqueira e uma piscina. Aliás, dois sonhos e uma realidade: um fusquinha meia-meia azul desbotado, descarga amarrada, trinta por cento plastik.
Suzany era uma moça bonita. Trabalhava em um fast food e estudava à noite. Seu salário mal dava para ajudar os pais com as compras, tendo em vista os carnês vencidos das suas roupas de marca. Ela tinha um sonho: ser modelo e famosa. Pensando bem, dois sonhos e uma verdade: O ônibus lotado, todo dia, assédio sexual.
Cabo Oliveira era pm e fazia, naquele dia, oito anos de corporação. A farda batida com o tempo e uma macaca pendurada no ombro direito, tinha o sonho de um dia ser capitão. Além do sonho, uma veracidade: Três filhos e um cachorro. A mulher os abandonara.
Cleberson era bandido. Vinte e dois anos de pura maldade. Descontava todo o ódio das suas frustrações nas vítimas. Ele tinha um sonho: ser o mais temido de todos. Também tinha uma certeza: a morte breve.
Uma rua. Um dia nublado. Casas velhas com reboco caindo, emparedavam a quadra. Os bebuns no boteco da esquina. A rua de asfalto velho, buracos e quebra-molas conhecidos por quem passava por alí. A velhinha da casa treze ainda não havia acordado e posto sua cadeirinha no portão.
Seu Olegário passava em primeira marcha no quebra-mola absurdo; Suzany caminhava para o ponto; Cabo Oliveira abria o portão, para sair com o carro. Cleberson, do outro lado da rua o avistou. O Cabo também o viu e a arma sacou.
Clic-clec-bum! Clic-clec-bum! Cleberson, já no chão, a pistola descarregou.
Seu Olegário estacionou o fusca, como mandava o muro de tijolos pelados. Suzany sentiu pela primeira vez, o gosto do meio fio, antes de descansar.
Cabo Oliveira será processado.
Cleberson foi hospitalizado e virou capa de jornal.
Suzany era uma moça bonita. Trabalhava em um fast food e estudava à noite. Seu salário mal dava para ajudar os pais com as compras, tendo em vista os carnês vencidos das suas roupas de marca. Ela tinha um sonho: ser modelo e famosa. Pensando bem, dois sonhos e uma verdade: O ônibus lotado, todo dia, assédio sexual.
Cabo Oliveira era pm e fazia, naquele dia, oito anos de corporação. A farda batida com o tempo e uma macaca pendurada no ombro direito, tinha o sonho de um dia ser capitão. Além do sonho, uma veracidade: Três filhos e um cachorro. A mulher os abandonara.
Cleberson era bandido. Vinte e dois anos de pura maldade. Descontava todo o ódio das suas frustrações nas vítimas. Ele tinha um sonho: ser o mais temido de todos. Também tinha uma certeza: a morte breve.
Uma rua. Um dia nublado. Casas velhas com reboco caindo, emparedavam a quadra. Os bebuns no boteco da esquina. A rua de asfalto velho, buracos e quebra-molas conhecidos por quem passava por alí. A velhinha da casa treze ainda não havia acordado e posto sua cadeirinha no portão.
Seu Olegário passava em primeira marcha no quebra-mola absurdo; Suzany caminhava para o ponto; Cabo Oliveira abria o portão, para sair com o carro. Cleberson, do outro lado da rua o avistou. O Cabo também o viu e a arma sacou.
Clic-clec-bum! Clic-clec-bum! Cleberson, já no chão, a pistola descarregou.
Seu Olegário estacionou o fusca, como mandava o muro de tijolos pelados. Suzany sentiu pela primeira vez, o gosto do meio fio, antes de descansar.
Cabo Oliveira será processado.
Cleberson foi hospitalizado e virou capa de jornal.
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