Eu queria ser forte o suficiente
e mudar o mundo com o poder da mente
Entortar canhões, ver sorrisos contentes
Ah! Como eu queria!
Eu queria saciar a fome do mundo
e expurgar o político vagabundo
Limpar tudo aquilo que é imundo
Ah! Como eu queria!
(A minha cara é bem feia, mas o meu
coração é do tamanho de um planeta!)
Alexandre Mendes
mondelingegeskiedenis.blogspot.com
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
MIFE
Por: Alexandre Mendes
Sólidas paredes emergem ao redor
A cidade tem um sobrenome...é caos!
Hambúrguer, panelas, mulheres e homens
caminham rumo a trilha
um tanto imposta; um pouco escolhida,
Gritos de solidão em murmúrios coletivos...
O frio da noite esquenta o que pode vir a acontecer
Quem está ao lado, vai ficar de lado
Corda, pescoço, pistola, pelado
Mata, correndo, chorando, deitado
Sol quente, cinzas, nuvens...
_Nublado_
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Ghost
O coroa que estava sentado ao meu lado deu uma golada na cerveja e comemorou: - Expulsaram os fantasmas! Estamos livres da assombração!
- Acabou! Não precisamos mais ter medo das almas penadas! - Gritava o barbudo na porta do boteco. E não era só eles dois que festejavam. Todos festejavam!
" Os fantasmas se foram?" - Perguntei a mim mesmo. "Será que desistiram de assombrar todos os lugares? Eu não moro aqui. Preciso ir para a minha casa."
Peguei um ônibus, a barca e depois outro ônibus. "Cheguei em casa. Ufa!" Abri o portão. Abri os olhos.
Eram eles, só que em dobro e mais horripilantes do que antes...
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Colisão de Mentes
Por: Alexandre Mendes
Fui abordado por um sujeito, ontem, que criticou a minha forma de pensar sobre as relações de trabalho, forjadas no fortalecimento do sistema capitalista. No entanto, não me abalei. Já havia ouvido pessoas que pensavam de forma parecida, mas nunca com tanta veemência, convicto do que pregava.
Seu nome era José Carlos, 56 anos, baiano, marceneiro e morador de Jacarepaguá. Conheci-o em um bar, no Rio Comprido. Ouvi vários trechos de sua vida; sua infância sofrida na Bahia; quando veio morar no Rio e a descrição severa de seu pai. – O cara é guerreiro, assim como eu. – Pensei.
Conversamos sobre diversos assuntos, até que tocamos no assunto de trabalho. Foi aí que Zé Carlos expôs a sua opinião sobre como se comportar em uma entrevista de emprego e a demonstração de submissão ao patrão. Zé Carlos acredita que nas relações sociais entre empregado e patrão, o explorado deve ser obediente em todas as situações. Para ele, o trabalhador assalariado não deve discutir sobre as atitudes e exigências da direção de uma empresa, com outros funcionários. Confesso que não entendi. Como um marceneiro com o seu ofício capaz de libertar o trabalhador das garras da opressão salarial, podia estar dizendo aquilo? Sempre admirei os ofícios que libertam...
O comércio ambulante é reprimido pelo Estado, prejudicando milhares de desempregados, tornando o trabalho especializado um conhecimento importante para a subsistência dessas pessoas.
Quanto à ideia de submissão cega ao patrão, discordo, pois se não houver diálogo entre os funcionários, o empresário ou qualquer outro órgão explorador, tomará uma posição ditatorial e escravagista...
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
No dia de Nossa Senhora de Guadalupe, governo mexicano assassina estudantes em protesto
(por W. Bastos)
A história de Nossa Senhora de Guadalupe é muito bonita e ligada à valorização do povo pobre e indígena, sobretudo mexicano. Mas foi justamente em seu feriado, 12 de dezembro (Día de la Virgen de Guadalupe) que o governo do México cometeu a mais recente crueldade contra a população de seu país.
Na tarde de segunda-feira 12/12/11, dois estudantes com 20 anos de idade (Gabriel Echeverría e José Aléxis Herrera Pino) foram assassinados pelas polícias Federal e Ministerial numa violentíssima dispersão dum protesto na rodovia México-Acapulco, em Chilpancingo: capital do estado de Guerrero. Além das mortes, houve ao menos 50 pessoas presas (muitas delas torturadas), e um número indeterminado de feridos a bala e por estilhaços de bombas.
300 estudantes da Escola Rural Raúl Isidro Burgos, de Ayotzinapa (Tixtla de Guerrero), faziam reivindicações simples e perfeitamente justas, que diziam respeito às condições de ensino: melhoria da alimentação nos colégios, conserto dos banheiros, dormitórios e instalações escolares, bem como aumento de 140 para 170 vagas para matrícula e bolsas de estudo. Objetivando discutir isso, pedia-se uma reunião com o governador Ángel Aguirre - do PRD.
O fato é que as escolas rurais, que atendem à população mais pobre do estado, estão em franco processo de sucateamento. Porém o governo estadual, apesar de já ter prometido solução dessas e outras demandas, só tem promovodo mesmo diminuição de vagas, más condições de ensino, baixos salários aos professores e péssimas instalações. Os estudantes sofrem forte discriminação por parte da Administração Estadual, sendo constantemente qualificados como: "vândalos" e "arruaceiros" de Ayotzinapa, simplesmente por se organizar na luta por seus direitos.
Com as aulas interrompidas há mais de um mês e sendo ignorados pelo governo, alunas e alunos decidiram pela tomada da autopista México-Acapulco como forma de pressão para conseguir audiência com o governador. Tudo que se queria era um diálogo democrático, mas o governo preferiu simplesmente responder com violência.
A repressão estatal foi imediata, brutal e começou com bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, vieram rajadas de rifles de guerra AR-15 e FAL, vindas de ambas as polícias e de policiais com trajes civis, com disparos devidamente autorizados, via rádio, pelo governo. As rajadas se seguiram por mais de 20 minutos. Na sequência foram lançadas granadas de fragmentação contra os estudantes, completando o quadro de barbárie com pânico e correria.
Note-se que diversos órgãos da imprensa capitalista saíram em defesa da ação policial pelo "reestabelecimento da paz", afirmando que havia outras fontes de tiros. Entretando, as duas fontes de disparos eram de diferentes forças policias, que empreenderam um cerco em dois flancos, para abrir o tráfego pros turistas que retornavam do feriado da Virgem de Guadalupe (será que Nossa Senhora aprova seu dia santo servir de pretexto pra tamanha violência em prol do lucro turístico?).
Fugindo das balas, estudantes correram para morros e montanhas próximos, mas ainda continuaram sendo perseguidos.
Organizações humanitárias e movimentos socias do México exigem a queda do secretário de segurança pública, bem como a responsabilização do governador do estado de Guerrero. Vale lembrar que esse estado tem sua história marcada pela repressão violenta e constante ofensiva contra o povo, como no caso da Guerra Suja dos anos 1960-1970, quando vilarejos e povoados inteiros foram despejados e exterminados pelo exército; milhares de camponesas estupradas, torturadas, desaparecidas; pessoas jogadas ao mar: tudo isso na hipócrita tentativa de "reestabelecer a paz", acabando com a guerrilha popular de Lúcio Cabañas. Tais crimes deEstado permanecem sem solução até hoje.
Impedir que este crime atual fique impune é tarefa de cada um de nós, do México, da América Latina e do mundo.
(Fonte: www.midiaindependente.org)
(Texto publicado no blog Expressão Liberta:
Grande Winter,
Michel o Verde
Visite o site:http://mundoverde.ning.com/
“Não se pode matar a Idéia a tiros de canhão, nem tão pouco acorrentá-la.”
"You can not kill the idea by cannon fire, nor chained her."
Parabéns pelo texto!! Vamos divulgar Galera!!
Michel o Verde
Visite o site:http://mundoverde.ning.com/
“Não se pode matar a Idéia a tiros de canhão, nem tão pouco acorrentá-la.”
Louise Michel
"Vous ne pouvez pas tuer l'idée à coups de canon, ni enchaînés elle."
Louise Michel
Facebook: micheloverde
"No se puede matar la idea por fuego de cañón, ni la encadenó."Louise Michel
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Louise Michel
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